quinta-feira, novembro 27, 2008

Ainda bem

Ainda bem


Esses dias tenho ouvido, mesmo sem opção, minha querida vizinha gosta muito de uma musica do cantor gospel chamado Lázaro:
Ainda bem que eu vou.
Morar no céu.
Ainda bem que eu vou morar com Deus.
O mundo está cheio de horror.
Os mentirosos reinam sem pudor.
Mentes brilhantes planejando o mal.
Mas eu não desanimo pois sou sal
A integridade foi pro além no mundo ninguem ama mais ninguem
Mas ele prometeu que vai voltar, pra nos buscar
Ainda bem...
Restaura a tua casa OH SENHOR
Acabe o show, restaura o louvor
Riqueza e fama agora é a pregação
Já não se fala mais em salvação
O mundo esta tentando enganar
Aquele que o SENHOR virá buscar
Mas permaneço firme com minha cruz
Pois sou luz.

Eu fiquei pensando nessa musica, muitas vezes vivemos alienados do que está acontecendo aqui no mundo porque temos uma falsa percepção celestial.
Não importamos quem será o novo presidente do Estados Unidos da América, agora já sabemos: Obama! deixa isso pra lá; ainda bem que vou morar no céu. Pra que me importar com a crise fincanceira global; Ainda bem que vou morar no céu. Adolescentes com amores doentios; Ainda bem que vou morar no céu. Evangélicos (por que são apenas isso mesmo) se degladiam pra saber qual a doutrina de Deus, como se Deus pudesse adequar-se a doutrina, mas não importa; Ainda bem que vou morar no céu.
Porque não nos importamos com o tempo que passamos aqui no mundo? Visto que é tão pouco. Por que não importamos em viver o Cristo? O evangelho do amor e da graça de Deus? Por que não nos importamos com as necessidades básicas do nosso próximo? Seja ele quem for. Porque julgamos tão ferozmente os de casa? Ainda bem que vou morar no céu...
Nossa mente está focado no futuro, nas “coisas do alto”, mas o que será as “coisas do alto?”
Será que essa “coisas lá do alto” não tem haver com o meu relacionamento com o próximo? Mostrar para os meus filhos o Deus de amor, de perdão, de generosidade? O Deus que se importa com os nossos sentimentos, com as nossas crises? Será que ele sente nossas dores? Conhece minha frustração?
Deus ele está na terra tanto quanto ele está lá no alto, Ele está no meu coração, na minha casa, se divertindo comigo, nos meus conflitos. Ele é presente!
E isso é que devemos viver: o presente! Afinal de contas o futuro é a soma a partir do hoje. O futuro é uma dinâmica, o amanhã é futuro, mas quando ele chegar não o será mais. "A melhor coisa sobre o futuro é que vem um só dia de cada vez." (Abraham Lincoln). Ainda bem que vou morar no céu.
Eu quero que esse céu desça a terra. Eu quero me importa mais com meu próximo do que ficar alucinado em repetições cancionadas de músicas que não tem nada haver com Deus-Amor.
Há uma música que tem o mesmo título: Ainda bem, de Vanessa da Mata, é muito mais cristã. Veja:
Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá
Nos dias frios em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar
Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte.

Precisamos um do outro, nos dias frios, estarmos juntos, nos abraçando, na minha dor, na minha crise, tudo ficará mais fácil se você estiver aqui, as orações, as saídas depois do culto, as conversar no MSN são flores que manda são fato do nosso cuidado e entrega, meu corpo, minha presença, minha companhia sem a sua é parte seria o caso e não sorte e não um presente de Deus.
Salve, Salve, Vanessa da Mata que enriquece nossos corações com sua poesia e nos faz observar o evangelho de Jesus, o evangelho do Amor, na necessidade do Outro.

Perdoe-me os queridos que gostam da musica Ainda bem do cantor Lásaro, esse texto é apenas uma visão pessoal. Sem ofensas!

Por Karynne Batista

Pensamentos

"Nossa vida é cheia de aflições - relacionamentos rompidos, promessas quebradas, expectativas frustadas. Como podemos viver em meio a tantas aflições sem ficar amargurados e ressentidos, senão voltando sempre a fiel presença de Deus em nossas vidas?" Henri Nouwen

terça-feira, novembro 25, 2008

Acalme minha tempestade

Texto bíblico: Mt 8:23-27

Podemos observar que Jesus, voltando um pouco os versículos anteriores, que o Senhor vinha já de muitos acontecimentos. A cura de endemoninhados; A cura da sogra de Pedro; A cura do criado do centurião; E naquele momento, Ele e seus discípulos atravessavam o lago da Galiléia em direção Gadara. Jesus tirava um cochilo. Descansava depois de vários milagres e muitas caminhadas. Nada mais natural e oportuno. O corpo já não respondia, depois de tantos acontecimentos. Fico imaginando aqueles discípulos todos. Ali, próximos a Jesus. Acredito que todos sentiam grande confiança e segurança. Afinal de contas estava ali o Senhor. Encarnado. De carne e osso. E acometeu-lhes uma violenta tempestade, e todos ficaram inquietos e com medo, muito embora ali estivesse Jesus, não bastaram-lhes sua presença. Era necessário que ele fizesse algo. Afinal de contas a tempestade era violenta. Imagine você essa tempestade. Os discípulos deviam estar tremendamente atemorizados, com tanta água caindo sobre eles. O balançar do barco. E eles nada podiam fazer. Simplesmente aquele que ali estava dormindo. Muitas vezes, temos a certeza de Deus de confiarmos Nele, mas mesmos cônscios de sua existência, e convictos em nossos corações, não conseguimos acreditar que nossos problemas e dificuldades poderão ser solucionados. Queridos, quantas vezes ele têm nos dado certeza? Mostrado que é possível seguir adiante e que a nós, acreditar é o bastante. Assim, como os discípulos que tinham Jesus ao seu lado, mas sua presença não foi suficiente para eles acreditarem que aquela tempestade se acalmaria. Era preciso que o Senhor acordasse e fizesse a tempestade acalmar. Eram homens de pequena fé. Assim, como nós. Que titubeamos. Que não acreditamos que Jesus Cristo é o Senhor. Como a Elem falou no domingo. “Deus não conta com pessoas perfeitas”. Mas digo-lhes, é preciso acreditar. Jesus acalmou a tempestade. Será preciso que Ele se materialize para que você creia que tudo é possível àquele que crê?

Os discípulos ficaram extasiados quando Jesus acalmou a tempestade. Os ventos e o mar obedeceram a ele. Fico imaginando aquela cambada de discípulo. Todos tremendo. E num simples gesto do Senhor, maravilhados com poder e com o que Jesus pudera fazer. Eu acredito que eles não mensuravam quem estava ali ao lado deles. Pois, do contrário, não teriam sido incrédulos diante do episódio da tempestade. Estariam eles quietos, inapreensíveis, pois criam em Jesus e aquela tempestade se acalmaria rapidinho, bastando-lhes apenas crer e aguardar. Nós agimos com incredulidade. Acreditamos duvidando que é possível encontrar uma solução para nossos problemas. E deixamos de lado, realmente a quem servimos. Esse Deus grandioso. Poderoso. Pai. Tempestades existirão. Dificuldades e problemas. Mas, melhor vivenciá-los convictos de que o Senhor é Deus.

Por Eládio Batista

Jonas, a partir de mim!Caminhando paralelamente nossas ações com as de Jonas.


Vivemos uma era de grandes avanços. Avanço da tecnologia. O mundo dos ipods, mp4, iphones, das tvs digitais que nos anelam a rapidez do cotidiano, uma bagatela de eletrônicos que nos apressam para o mundo do agora, do já. O avanço da ciência, das imposições de querer nas fertilizações artificiais, que poderemos escolher o sexo de nossos futuros filhos, nas audaciosas e senão desafiadoras experiências de clonagem. O avanço da cultura, que possibilita a junção de um desejo não admitido, a união “homo”. Mas, disfarça-se em meio às leis. O avanço do agora, dos meus desejos que deverão ser alcançados, pois nutrirão a minha vaidade. Um carro, um par de tênis. O desejo de “ser” alguma coisa. Ter um diploma, o que já não é o suficiente. Ter uma especialização, que se tornou comum. Ter um mestrado, MBA, pós-doutorado. Esse novo curso de vida que nos aprisiona, num ser desenfreado, e quando os alcançamos, e aí qual será meu próximo passo? O avanço de um descompromisso com meu próximo, com meu cônjuge, com meus amigos, e porquê não dizer o descompromisso com meus filhos, já que muitas vezes, senão todas colocamos a nossa responsabilidade de pais em cima de seus professores. A vida perdeu seu sentido, porque o que me importa agora é encontrar o meu bem-estar. Perguntas como: Quem sou? De onde vim? Por que estou aqui? perderam todo o sentido. Pois, o agora, me condiciona a como melhorar minha, tão minha, exclusivamente minha, existência pessoal. A era do hedonismo. Perdeu-se o valor que tínhamos do homem com caráter, do homem com palavra, pois hoje tudo é vulnerável. “No âmbito evangélico, percebemos que os modelos de espiritualidade e de liderança ou são superficiais ou, se tem profundidade, nem por isso tem dado certo. E a ansiedade de construir em novo modelo tem nos levado à insegurança. Mas temos de compreender que toda mudança de paradigmas requer estabelecimento de parâmetros. E quais serão os parâmetros de referencias para nosso modelo de espiritualidade e de liderança cristã? Que seja a própria necessidade de relacionamento existente na estrutura humana. Temos de optar entre dois paradigmas: o que aponta para o modelo de mercado – neoliberal e globalização – ou o que aponta para o exemplo de Jesus – da aproximação, dos olhos nos olhos, da amizade desinteressada, de relacionamentos significativos, de uma percepção mais real do mundo, de nós mesmos e da nossa vocação”.
Em meio a todos esses argumentos, Deus levou-me a compartilhar acerca de Jonas, que tenho grande apreço e empatia. Vamos juntos?

1. Ponto:

Deus entregou em minhas mãos uma incumbência, uma tarefa a ser desenvolvida por mim, exclusivamente por mim (Jn 1:1,2).

“Veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.”

Jonas, filho de Amitai, recebeu uma missão do Senhor para ir à cidade de Nínive, capital do império assírio, ao Nordeste da Palestina. Recebeu a missão de abrir os olhos de Nínive, quanto às suas práticas, contra os seus pecados. Deus presenteou a Jonas a tarefa de ver uma cidade arrependida de seus pecados, mas para ele aquela missão não era agradável, não havia chegado ao seu coração. Era mais fácil para ele, tentar esconder-se do Senhor. Ingenuamente, desvencilhar-se dos desígnios que o Senhor, expressando caracteres tão seus, peculiares, de misericórdia e compaixão, com os quais dispusera à cidade de Nínive.
O que me leva a pensar, queridos, quantas vezes Deus, em muitas situações nossas de dificuldade, de desesperança, Ele nos tem indicado um caminho a seguir, uma maneira a ser feita, e nós na nossa particular e exclusiva vontade de mudar comissões, porque nós achamos que da nossa maneira será melhor, melhor até que a maneira que Deus nos dissera, agimos como nos convém. E em conseqüência dessa minha atitude, eu tenho colocado a vida de muitas pessoas em jogo. Assim como Jonas colocou a vida dos marinheiros. E você pode observar comigo, no versículo 4: “Mas o Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar.”
Eu tenho escolhido, da minha maneira, não da maneira do Senhor, e até mesmo nem tenho chegado a ele e dito: - “Senhor, muda o meu coração. Não acredito que dessa forma, que o Senhor tem me dito, irá dar certo. Mas, muda essa forma de pensar e até mesmo muda esse sentimento do meu coração.”
E ainda tenho procurado sempre agir do meu jeito, pois assim é mais seguro. Fui eu. E assim, penso eu, que Jonas pensou. Fugiu para Társis, escondeu-se em um navio. Pagou, e acho até que não pagou barato! Foi esconder-se no porão, o lugar mais baixo, o mais profundo, sujo, escuro, e aquele lugar lhe daria conforto. Conforto de sentimento, pois assim que ele se via, no mais profundo, no mais sujo, no mais escuro abismo. Achando que Deus ali não poderia ir, e nem poderia entrar em seu profundo sono.Talvez seria o melhor lugar para esconder-se do Senhor. E foi tirar um cochilo - o sono da “descomunhão” divina. Talvez, para ele, dormir seria a melhor saída, pois assim agiu. E quantas vezes nós nos escondemos de Deus, procuramos dormir assim como Jonas, esconder-se em uma cidade qualquer, crendo que essa mudança me trará paz e assim Deus não me perturbará novamente com essa missão. Talvez Ele se esquecerá. E assim me deixará em paz. E em detrimento ao pensamento de meu admirável Jonas, o salmista Davi, no capítulo 139, versos 9 ao verso 13 “Se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas, não te serão escuras: as trevas e a luz são mesma coisa. Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio da minha mãe.” Não existe lugar onde Deus não possa nos encontrar, pois Ele conhece o mais profundo, conhece o nosso coração.

2. Ponto:

Deus, em meio a minha desobediência de não fazer conforme a sua vontade, me oportuna uma nova chance (Jn 3:1-2).

“Veio a palavra do Senhor, SEGUNDA VEZ, a Jonas, dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo. Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor.”

Era preciso uma atitude para que todos aqueles acontecimentos parassem. É preciso que façamos algo, pois do contrário pereceremos. Assim os tripulantes do navio pensavam, pois ali tinham a certeza de que não haviam feito nada, para que sobreviesse aquele mal. E o mestre do navio encontrou Jonas escondido, mergulhado à sua desobediência, tentando escapar, se assim fosse possível, da missão que Deus havia lhe ordenado. Interpelou-o acerca daquela situação, pois eles sabiam que Jonas estava se escondendo da presença do Senhor. Clamaram ao Senhor e então resolveram jogá-lo no mar e imediatamente o mar cessou. Jonas foi tragado por um grande peixe, passando ali três dias e três noites, e só então, naquela situação Jonas orou ao Senhor. Imagine o que Jonas estava passando dentro daquele peixe? O mal cheiro do interior do peixe, a escuridão, os restos de comida, toda a sujeira interior? Jonas era bem narrativo quanto a sua ida à Nínive. Mas, em nenhum momento descreveu o tempo em que estava dentro do peixe. Devia ser algo muito difícil para ele como ser humano. E a única pessoa que Jonas pôde expressar toda a sensação, todo o sentimento que vivera dentro do peixe, em meio a toda angústia de não morrer, era apenas Deus. Jonas fugiu da presença de Deus e escondeu-se no mais profundo do navio, o porão. Mas, foi no mais profundo asco, dentro do peixe, que Jonas mergulhou na presença de Deus. Clamou Jonas a Deus e assim o Senhor falou ao peixe e este vomitou a Jonas na terra. Até mesmo para o peixe, toda a sensação de ânsia, desconforto estomacal, náuseas, era difícil. Naquele momento de súplica de Jonas, era preciso o reconhecimento de seu pecado, de sua desobediência. E assim, o Senhor mais uma vez (Acredito eu que o Senhor estava ansioso por aquele momento!) deu a Jonas uma segunda chance. A chance de ir a Nínive e adverti-la de suas atitudes erradas.
Deus está ao nosso lado sempre, mesmo que nós escolhamos a opção errada, e até mesmo, escolhamos a pior das opções, a que não é a sua, Ele está ansioso para nos tomar pelas mãos e nos dar uma nova oportunidade, mas para isso é preciso o nosso reconhecimento de pecado e o entendimento de quem é Deus. Eu não sei se todos, ou alguns, já pensou por um segundo a oportunidade de ser Deus. Talvez, pela minha justiça de homem, que em meio ao caos, gostaria de ser Deus e assim resolver uma situação, conforme a minha noção de justiça. Mas, se por um segundo você tivesse o olhar de Deus, ou o sentimento de Deus, isso mudaria eternamente a sua vida. Pois, assim, você passaria a ver com os olhos de Deus todo o pecado. Imagine como Deus ver uma prostituta que está nas ruas vendendo o corpo? Adolescentes se perdendo no mundo das drogas? Ou aquela pessoa aparentemente boa, religiosa, que ainda não encontrou verdadeiramente DEUS? Por um segundo, vários missionários tiveram essa percepção de Deus e estão aí em países fechados, entregues à causa de Deus. Minha cunhada tem 21 anos, e sempre em Deus procurou obedecê-lo. Hoje, está em Curitiba, na base da JOCUM em Uberaba, fazendo treinamento para viajar numa rota chamada JUSTIÇA, e viajar por algumas cidades da China, Laos, Minamar e outros. Por um segundo, ela viu como Deus ver o pecador e isso foi o suficiente para mudar radicalmente a sua vida. Os ninivitas se arrependeram de suas atitudes. E uma cidade foi salva, pelo intermédio e obediência de um, Jonas. Você vai escrever seu nome nesta lista também? Ou vai perder também a sua segunda chance?

3. Ponto:

Deus estende a sua misericórdia e compaixão a todas as suas criaturas (Jn 4:10,11)

Tornou o Senhor: Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e uma noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?

Deus faz nascer uma planta para livrar Jonas de seu desconforto. Dar um pouco de paz a Jonas depois de seus esforços e também de sua decepção, pois Deus se arrependera do mal que faria a cidade de Nínive, pois eles se arrependeram.
Deus manda um verme, que feri a planta até secá-la por completo e manda um vento calmoso oriental. O sol bate a cabeça de Jonas, de maneira que o desfalece e Jonas para si pede a morte. Descontente pelo que Deus havia lhe feito, tirando aquela árvore, Jonas prefere a morte. O “macho” mimado, como se fala aqui no Ceará. Egoísta, querendo que tudo se volte para si. Deus o pede para ir a Nínive, em primeira comissão, e prefere ir para outro lugar, achando que assim poderia fugir da presença de Deus, que Deus poderia deixá-lo em paz. E tudo aquilo acontece, alvoroço no mar, ventos fortes, Jonas é arremessado no mar e engolido por um peixe enorme e só ali, naquela situação asquerosa reconhece que agiu errado e assim redime-se com Deus. É dado a ele uma nova oportunidade de ir a Nínive e abrir-lhe os olhos, e assim o fez, mesmo entristecendo-se depois, pois desde então sabia que Nínive se arrependeria e Deus não mais lhe enviaria o mal. E nós sabemos que Deus em nenhum momento precisa de nós, mas a sua compaixão e misericórdia são tremendas que ele tem o prazer e a alegria de nos fazer participantes, dando-nos o privilégio de falar a partir da mudança em nós, do seu amor. Deus poderia ter alcançado Nínive sem a participação de Jonas. É óbvio! Mas, para Deus alcançar Nínive teria um sentido melhor se houvesse a intermediação daquele profeta, mesmo pecador, nutrido pelo egoísmo, restrito, falho, etc. Jonas tanto foi o missionário, quanto o alvo da missão. Durante esse tempo que fora comissionado, ele viu a misericórdia e compaixão de Deus para com Nínive, mas não conseguia enxergar que Deus também tinha misericórdia e compaixão dele. Engraçado que Jonas mesmo vivenciado várias situações da misericórdia de Deus, Jonas não conseguia mensurar que para Deus ainda era possível enviar-lhe algo que pudesse trazer-lhe novamente conforto, mas preferiu murmurar. Dar grande valor a uma planta, para seu próprio “frisson”, que nem foi fruto de seu trabalho, ao invés de valorizar as cento vinte mil ninivitas que o próprio Deus criara e conhecia. Não sabemos se Jonas teve alguma outra missão, mas sabemos que Jonas a partir de então passara a se questionar acerca da misericórdia e compaixão de Deus e também sua, pois a frase que encerra o livro de Jonas deve ter ecoado em sua mente, durante anos. Toda vez, que se via murmurando, egoísta ou desobediente essa pergunta “Eu não hei de ter compaixão?” ecoava em sua mente e impulsionava a cumprir a vontade de Deus.
Deus entregou em nossas mãos uma incumbência. Talvez, eu não a tenha cumprido, ou até mesmo agido como Jonas agiu. Preferi esconder-me em meio aos meus pensamentos, por em risco a vida de alguém, pois somente eu e Deus sabemos. Mas, hoje Deus quer lhe dar uma nova chance. A chance de se redimir e fazer conforme a sua vontade, a vontade Deus. Jonas teve a missão de abrir os olhos de Nínive. Eu não sei para que Deus tem lhe chamado, mas sei que Deus tem lhe chamado para uma vida de compromisso com Ele, de intimidade. A você se olhar, e ver que tem muito a mudar, a se arrepender, e hoje Ele que te dar a segunda chance. Como no final do livro, Jonas foi o alvo da missão de Deus, de mostrar-lhe a sua misericórdia e compaixão. Você hoje está disposto a sentir a compaixão de Deus e cumprir essa segunda chance?

Por Eládio Batista