domingo, setembro 23, 2007

Os Poemas - Esconderijo do Tempo


Os poemas são pássaros que chegam

Não se sabe de onde e pousam

No livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam vôo

Como de um alçapão.

Eles não têm pouso

Nem porto

Alimentam-se um instante de cada par de mãos

E partem.

E olhas, então, essas tuas mãos vazias,

No maravilhoso espanto de saberes

Que o alimento deles já estavam em ti...


Mário Quintana

Para onde vou?




Às veses, perco-me à procura do que antes

Havia eu deixado, sob à ilusão de um sonho que soltou-me das mãos de José,

Que mantinha as rédias em tudo o que Deus dissera,
Mas pecou...

E assim, vivo agora.

Dize-me Senhor, para onde vou?


Por Eládio Batista