segunda-feira, junho 22, 2009

Qual meu tipo de fruto?

TEXTO-BASE: Mateus 12:33; 12:35-37
Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.
Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.
O homem bom tira do tesouro bom coisas boas, mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.
Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;
Porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.
Não sabemos que tipo de árvore Jesus estava fazendo essa comparação, mas só para enriquecer nosso conhecimento, vamos entender um pouco sobre a vegetação da Palestina.

VEGETAÇÃO: Sagrada e econômica

No que tange a questão da vegetação a Palestina, apesar de suas condições climáticas apresenta certa diversidade. As arvores mais comuns e que não tinham uma função econômica eram o carvalho e os Terebintos. Estas plantas tinham seu valor determinado pela sua utilidade, como a sombra, por exemplo.
Outro tipo de cultivo de plantas era motivado por sua aplicabilidade econômica e religiosa. Havia aquelas de ‘primeira’ grandeza como a oliveira, a figueira e videira. Estas eram cultivadas por causa de sua necessidade na alimentação diária ou por seu valor farmacêutico, contudo havia uma função que lhes era facultada comumente, a liturgia do templo. Havia ainda as de ‘segunda’ grandeza, como ameixeira, macieira, pareira e os sicomoro.
Os principais cereais eram aveia e o trigo. Este era a o alimento mais precioso aos olhos do povo da Palestina, ao passo que, aquele era desprezado porque era destinado aos animais e, muitas vezes, aos pobres.
As lentilhas, as favas, a cebola, o alface, a chicória, os agriões, as beldroegas, constituíam as hortaliças. Algumas tinham sua função simplesmente nas refeições diárias e outras eram usadas como base das ervas amargas na festa do cordeiro pascal.

1- Minha vida tem sido um testemunho do agir de Deus?

Assim, como a árvore descrita nessa passagem, nossa preocupação maior é incutir em suas cabeças, a verdade do evangelho, como verdade possível e real. Não como os lendários contos de fada, que tanto conhecemos, “Vivermos felizes para sempre”, mas entender a palavra de Deus como algo possível.
Consigo me vislumbrar com algumas muitas pessoas. Almejo uma igreja despontando como um lugar onde se encontra a verdade de Deus, a partir de cada um de nós, testemunhos vivos e passíveis de falhas.
Eu me pergunto se realmente tenho florescido frutos bons, perpetuado coisas boas, e essa é uma preocupação real e diária até porque pela nossa própria falibilidade, ou seja, somos falhos, não somos perfeitos, porém buscamos instante após instante nos assemelharmos a Jesus. Será que realmente aquilo que você tem entendido de Deus tem feito o diferencial na vida de outras pessoas? Será que o seu testemunho tem gerado desconforto a outras pessoas, a tal ponto delas procurarem mudança de vida?
Leo Aikman disse o seguinte: “Você pode conhecer mais de uma pessoa pelo que ela diz dos outros do que pelo que os outros falam dela”.

Porque pelo fruto se conhece a árvore. (v.33)
Qual é o tipo de fruto da sua árvore?
Fruto da justiça?
Fruto da paz?
Fruto da união?
Fruto do bom convívio?
Fruto da amizade?
E faço a mesma pergunta que intitula esse ponto: Minha vida tem sido um testemunho do agir de Deus?

2- Qual têm sido minha escolha de fruto, a justificação ou a condenação?

Eu estava ontem assistindo à TV, aliás, procurando algum canal que tivesse um programa interessante para eu parar e assistir, mas parece que o sábado não é um dia favorável a programas bons. E nessas mudanças de canal passei por um programa de entrevista, que é até de Fortaleza, não sei o nome, mas tem um formato de entrevista, e por sinal o entrevistado estava com uma convidada que conheço uma boa escritora cearense, que não vai ser preciso dizer o nome, até porque não seria legal, mas ela fez um comentário que eu precisei parar e escutar, saber até onde ela iria. Ela disse assim: “- Somos resultado do acaso. O nosso próprio nascimento é o acaso.” E aquilo me pareceu meio estranho escutar e entender que o meu nascimento foi obra do acaso, do casual.
O dicionário define acaso como:
1. Conjunto de causas independentes entre si que, por leis ignoradas, determinam um acontecimento qualquer;
2. Acontecimento fortuito; casualidade;
3. Casualmente, fortuitamente; por acaso;
A minha admiração por essa escritora não acabou, de forma alguma até porque não sei como ela mesma define Deus. Mas, uma coisa é certa, não sou obra do acaso. Sou obra prima de Deus, que em seu melhor momento me formou como criatura sua, co-herdeiro de Jesus. Não sou fruto do nada!
Nossas palavras ao invés de perpetuar a maldade, como frutos de nossas próprias condenações, deveriam perpetuar a misericórdia e o amor de Deus. Quando Deus formou a cada um de nós, saibamos que ele fez o seu melhor, quando formou você... mesmo num cenário difícil, numa situação adversa, num contexto distorcido, saiba ele fez o melhor. Você é o melhor de Deus.
As minhas palavras como instrumento do lapidar do Senhor devem permear o amor de Deus. Não simplesmente um soltar de palavras, mas um viver de palavras. É muito fácil falar do irmão, porque ele não está vindo para igreja, porque ele preferiu ir assistir a um futebol, ao invés de escutar a palavra de Deus, enfim, difícil é se achegar ao irmão e lhe trazer um conforto, em demonstração da misericórdia de Deus. Qual tem sido o teor das minhas palavras, justificação ou condenação?
Lembrando da frase de Leo Aikman: “Você pode conhecer mais de uma pessoa pelo que ela diz dos outros do que pelo que os outros falam dela”.

Jesus é muito enfático quando diz: v. 34 – Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala o que está cheio o coração.
Muitas vezes nosso coração está distante de Deus, mas por exercermos uma determinada função cristã, falamos algo distante da realidade, distante de um relacionamento com Deus.
Jesus quando diz isso, ele está falando para os fariseus que o recriminaram. Eles falaram que Jesus expelia os demônios em nome de Belzebu (v.24). E o Senhor os chama de Raça de víboras. Falsos. Hipócritas. Sepulcros caiados!
A boca fala o que o coração está cheio.
O coração deles estava cheios de altivez, arrogância, “conhecimento”, mas o que Jesus quer é um coração contrito, leve e adorador.
A multidão, mesmo querendo ver milagres, cria que Jesus podia curá-los, mesmo indo atrás de Jesus só para ver o filho do Homem em ação, eles não julgavam os atos de Jesus, mas os religiosos, sim.
E está é a diferença do fruto bom e mau.
No v. 37 diz: porque pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.
Jesus nos coloca opções, escolhas. É muito interessante caminhar com Jesus, relacionar-se com ele, porque ele nos dá oportunidade de construirmos a nossa história colocando opções.
Palavras de justificação x Palavras de condenação
Frutos bons x Frutos Maus
Podemos caminhar em escolhas, mas a boca é traiçoeira ela com certeza falará muito.
A Bíblia fala algumas coisas interessantes sobre o coração e a boca, veja:
I Cr. 28:9 – O Senhor que esquadrinha o coração...
II Cr. 16:9 – Porque, quanto ao Senhor, os olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele...
Sl 21:10 – Cria em mim ó Deus um coração puro...
Pv 4:23 – Guardo o meu coração porque dele procede as saídas da vida...
Jr 17: 9 e 10 – Enganoso é o coração, mas que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá, eu o Senhor esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos ...
Sobre a boca, a língua
Sl. 34:13 – Refreia a tua língua...
Pv.18:21 – Morte e a vida estão no poder da língua ...
Tg. 3:5 – Assim como a língua, um pequeno órgão se gaba de grandes coisas, vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva.
Tanto a boca ou língua como nosso coração deve honrar a Deus e ao meu próximo.
Minha boca ou língua e coração deve escolher que fruto dará, só não pode, ora ser boa, ora ser má.
Em que tenho me alicerçado durante minha caminhada? Queridos, que o nosso entendimento acerca da palavra do Senhor, nossas práticas, possa trazer esperança a outras pessoas a tal ponto que elas se sintam constrangidas a uma renovação de mente e a uma mudança de comportamento e que essa igreja seja realmente o Lugar da Misericórdia Divina.